Comecei esse blog em outubro de 2016, inspirado pelos outros
blogs da blogosfera financeira, com o intuito de relatar minha trajetória ao
milhão (essa ainda é minha meta).
Naquela época, eu estava na faculdade (direito – 7º
semestre), morava na casa do meu pai e ganhava até bem, R$ 2 mil no estágio
(fora alguns bicos que aumentavam uns R$ 500 por mês no máximo). O problema era
a desorganização financeira, pagava financiamento de carro (R$650) e o restante
ia para o cartão de crédito. Por vezes, a fatura vinha maior do que o valor que
eu tinha para pagamento, assim, a dívida era rolada para o próximo mês (com altos
juros, obvio).
Em 2017 foi o ano que me organizei financeiramente um pouco
melhor, lembro de quitar o cartão de crédito. Em 2017 também foi o ano que
estreitei a relação com minha futura esposa (depois conto essa história) e foi
ano que saí do estágio que me pagava um salário badalado.
Esse episodio foi bem triste na época.
O meu salário era
superior a todos os outros estagiários, consegui um aumento negociando com
minha chefe da época (e obviamente, eu entregava mais que todos os outros
estagiários).
Eu era bem estimado no escritório e minha contratação era
praticamente dada como certa, só que surgiu um empecilho no meio do caminho, eu
formava em jun/2018 e o meu contrato de estágio acabava em nov/17 (prazo
máximo).
Na época, eu já tinha trocado de chefe e era ainda mais
querido pelo meu chefe imediato. Para todo mundo era lógico que eu seria
contratado como assistente até me formar.
Só que as coisas não aconteceram desse modo ...
No mês do fim do meu contrato, fui surpreendido com a notícia
de que a chefia máxima não tinha autorizado a contratação de assistente (a
versão oficial é de que o escritório não tinha política de colocar ninguém
nesse cargo e realmente não tinha ninguém nesse cargo, mas ...).
Foi um baque bem grande, tanto para mim, tanto para todos os
outros que esperavam uma futura contratação. Afinal, eu era o primeiro da fila.
Bem, a tristeza foi grande, mas segui a vida. Meu chefe e
colegas, tentaram me ajudar a conseguir um novo estágio (no final do 9º
semestre) e, por fim, um amigo que eu tinha trabalhado (nesse mesmo escritório
e saiu) me puxou para o escritório onde ele estava.
O salário era menor (R$1.400,00) o trabalho era totalmente
diferente e a perspectiva de contratação era um mistério. Ainda assim, no início,
eu participava de uma equipe muito bacana, o trabalho fluía ...
Chegamos em 2018, tudo caminhava bem, aí veio uma mudança
brusca no estágio e eu, desanimado e vendo que não seria contratado, resolvi
que já estava cansado daquilo, pedi minha demissão em abril/18 e, depois de
longos anos (2013), tirei férias forçadas, isto porque, eu nunca tirava férias
nos estágios e sempre quando saia de algum, emendava outro o mais rápido
possível.
Era 2018, lá estava eu sem saber exatamente o que fazer.
Nesse período, minha “namorada” me deu um help e por vezes pagava meu cartão de
crédito (era isso ou fazer uma dívida impagável).
Em mais uma reviravolta da vida, o meu ex-chefe (do primeiro
estágio citado) bancou a minha contratação como advogado. Contratação que veio
na hora certa, porque tempo depois eu descobri que minha “namorada” estava
grávida.
No final de 2018 me casei. Minha filha nasceu em janeiro de 2019. Durante 2019 juntei dinheiro para construir minha casa, e em jan/2020 saí do emprego, para empreender (ter meu próprio escritório) com uma filha de 1 ano, mas muita vontade (inocente!!).
Apesar do susto da pandemia, 2020 foi um excelente ano,
fechei o ano com “salário” anual de R$ 65.147,20. Em dez/2020 compramos um
carro para a família e as reservas foram quase todas embora, mas a decisão se
mostrou acertada. Compramos um bom veículo, que até agora deu pouca dor de
cabeça e a minha esposa precisa do carro para trabalhar, então uma compra
errada teria destruído todo nosso poder financeiro.
Em 2021 foi o ano da consolidação, “salário” anual de R$
76.747,19.
E 2022 o ano do crescimento, atingi a marca de R$ 107.195,20.
O que esperar de 2023?
Nesse período eu aprendi a importância de não ter dívidas,
poupar e agora estou na fase do investimento.
Ainda estou devendo o fechamento do mês passado, mas já posso
antecipar que a minha carteira hoje está cotada em R$ 114.355,60. Nada mal para
quem começou a poupar em 2020.
Em resumo, bem resumido, foi isso que aconteceu de 2016 a
2023 (tudo mudou).
Lembro de sempre traçar planos para o futuro. E, de fato, até
o momento não tenho nada a reclamar. Meu presente hoje, apesar de diferente do que eu planejava, é
bem melhor que aquele que eu imaginava lá em 2015/2016.
É isso meus amigos, que o futuro seja tão prospero quanto o
passado recente.
Abraços.
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