sexta-feira, 10 de março de 2023

Na casa dos 30 e sem amigos

É meus caros, os 30 anos se aproximam, e com ele, a angústia de não ter mais amizades próximas.

Não posso dizer que não é um resultado inesperado, afinal, nunca fui muito bom em nutrir amizades, mas com a pandemia, as coisas desandaram de vez.

Intensidade é meu lema.

Se antes de me casar, eu saía todo final de semana (no melhor estilo custo/benefício), depois de casado, eu tinha preguiça de fazer praticamente qualquer coisa.

Até consegui fazer uma bebedeira com os velhos amigos, umas 2 ou 3 vezes por ano, mas quanto mais o tempo passa, mas me canso.

Recentemente assisti o filme AD ASTRA.

Me vi ali, diria que sou auto destrutivo e afasto as pessoas.

Provavelmente por isso, me bateu a angústia do Roy, que fez de tudo para ficar só, e quando o conseguiu, quase sucumbiu a loucura.

Ultimamente tenho me sentido sozinho, dos meus amigos e de minha família.

Quando penso sobre o assunto, vejo que não sou prioridade para nenhum dos amigos que tenho grande consideração.

É estranho, aos 20 anos você pensa que vai carregar aquelas pessoas para sempre, aos 30 anos você se dá conta que 4 ou 5 encontros anuais é muito.

Talvez eles pensem o mesmo de mim, não sei.

Sou orgulhoso (tenho que consertar isso).

Não gosto de “insistir” nem a primeira vez, quem dirá a segunda.

Não me parece ser possível viver sem amigos, é estranho, mas talvez eu tenha que aceitar que os encontros serão 2 ou 3 vezes por ano e está tudo bem.

Que eu construa meu futuro nessa perspectiva...

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