É meus caros, os 30 anos se aproximam, e com ele, a angústia de não ter mais amizades próximas.
Não posso dizer que não é um
resultado inesperado, afinal, nunca fui muito bom em nutrir amizades, mas com a
pandemia, as coisas desandaram de vez.
Intensidade é meu lema.
Se antes de me casar, eu saía
todo final de semana (no melhor estilo custo/benefício), depois de casado, eu tinha
preguiça de fazer praticamente qualquer coisa.
Até consegui fazer uma bebedeira
com os velhos amigos, umas 2 ou 3 vezes por ano, mas quanto mais o tempo passa,
mas me canso.
Recentemente assisti o filme AD ASTRA.
Me vi ali, diria que sou auto
destrutivo e afasto as pessoas.
Provavelmente por isso, me bateu
a angústia do Roy, que fez de tudo para ficar só, e quando o conseguiu, quase sucumbiu
a loucura.
Ultimamente tenho me sentido sozinho,
dos meus amigos e de minha família.
Quando penso sobre o assunto,
vejo que não sou prioridade para nenhum dos amigos que tenho grande consideração.
É estranho, aos 20 anos você
pensa que vai carregar aquelas pessoas para sempre, aos 30 anos você se dá
conta que 4 ou 5 encontros anuais é muito.
Talvez eles pensem o mesmo de
mim, não sei.
Sou orgulhoso (tenho que
consertar isso).
Não gosto de “insistir” nem a primeira
vez, quem dirá a segunda.
Não me parece ser possível viver
sem amigos, é estranho, mas talvez eu tenha que aceitar que os encontros serão
2 ou 3 vezes por ano e está tudo bem.
Que eu construa meu futuro nessa
perspectiva...
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