O medo é natural e inerente ao ser humano, é instintivo. Sem medo, seriamos tolos.
Por outro lado, neurose é o medo exagerado e descontrolado.
Aparentemente, me tornei um neurótico (ou não?).
Financeiramente nunca estive tão bem, mas empreender não é
para os fracos, como diria o brocardo popular.
No último ano (2022) meu “salário” anual atingiu a incrível
marca de R$ 107.195,20 ou aproximadamente R$ 8.930,00 por mês, sem contar o salário
da minha esposa.
Para alguns, números tímidos. Para a realidade brasileira, um
salário dos sonhos (reconheço).
Não diria que esses números foram construídos com sorte, entretanto,
ainda não me sinto na realidade de um salário de quase R$ 10 mil reais mensais (síndrome
do impostor?).
Além disso, não paro de pensar se esse número irá se manter
ou cair drasticamente. Não deveria me preocupar tanto assim. Nesses últimos anos,
finalmente, tive disciplina financeira para poupar e investir. Minha reserva de
emergência hoje em dia é de R$ 76 mil, valor que seria mais do que suficiente
para corrigir os erros da jornada, ainda assim, sinto um medo exagerado.
Talvez eu esteja empreendendo de maneira errada. É uma
possibilidade. Não tenho o controle do meu negócio tanto quanto deveria
(gostaria). Ainda assim, mesmo quando conseguir controlar melhor essas métricas,
sinto que esse medo não vai cessar (é normal?).
Lembro de ver menção de investidores famosos de também ter
medo de retornar a pobreza, muito embora seja improvável ver patrimônios milionários
ou bilionários se perderem do dia para a noite, além disso, há toda a
construção de networking de quem chegou no topo (vide Eike Batista).
Mas é isso, normalmente vejo menções, sem tecer muitas considerações,
provavelmente porque é um medo que se deva conviver, mas que não há como
extirpar, ele apenas está lá.
Vamos ver o que os próximos anos me reservam.
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